Você veio, me olhou me despiu devagar. Desculpa mas não conseguir não pensar nisso. Quiz fazer aquele jogo de olhares, mas se tornou tão perigoso, que até o perigo se escondeu. Caminhei calmamente com meu pensamento focado em você. Girei novamente e meus olhos percorreram cada passo teu, foi inevitável. Meu olhar te buscou e encontrou o teu, foi difícil sustentar. Ah ! Isso sim, difícil não tirar tua roupa com os olhos, não cair em tentação e te buscar mais um pouquinho, ficou difícil até sorrir. A atmosfera de modificou e cada vez que se aproximava me despia um pouquinho mais. Primeiro os pés, me deixando no chão frio. Depois o vestido me agarrando lentamente, mas sem me tocar.
Depois toda a minha roupa íntima de um vez, num vacilo meu claro. E assim como quem não quer nada chegando mais perto, mais perto, e cada vez mais perto. Respiração sem controle, paixão sem limite. Perigo aparente, freio de novo. E cade todo aquele perigo me fascinando ? e cade toda aquela coragem idiota ?
e cade todo aquele frio na barriga ? e onde foi parar pelo amor de Deus, meu juízo ?
Desapareceu no silêncio daquele olhar! Quando por fim eu reparei no que meus olhos faziam, sim eles me traiam sempre, meu corpo já não respondia aos meus comandos, e eu só queria me entregar sem limites, com todo exagero que eu sempre faço. Seriam gemidos, sussurros, soluços...
Só sei que em meio ao sol e mais um olhar desesperado, você disse adeus, me vestiu completamente e se foi, numa manhã ensolarada sem promessas.
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