sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Adeus ao amor.

Nesse momento você deve pensar: quanto rancor! Adeus ao amor. Que forte! 
Mas calma, vou explicar. Talvez isso seja uma retrospectiva da globo, ou só um monte de reflexos de momentos lindos que eu vivi. Mas sim, é um Adeus ao amor. Que amor? Nunca vou saber. 
    Eu te beijei pela primeira vez sem sentir o gosto, mas acho que meu recém banho tomado, os cabelos pingando e a risada alta te fizeram mandar uma mensagem no outro dia pra não perder a viagem..afinal um beijo só pra quem é curioso e podia ter mais era muito pouco. 
       As conversas ao longo do tempo me mostraram que eu viveria uma paixão, me convenci que era meu corpo mandando em mim. Afinal qual o problema de ser dominada pelo desejo? Nunca matou ninguém. Não que eu saiba. Em muito pouco tempo você transformou a minha rotina, e meus dias não faziam mais sentido sem o seu bom dia meu bem, boa noite meu anjo, durma bem. Me acostumei tanto com o "pode sair no portão, estou chegando aí" que a notificação já denunciava que eu fugiria do dia caótico que tive. Criamos um refúgio...eu em você, você em mim. Nada poderia abalar o que estava sendo construído dia após dia, inclusive ainda acredito que não abale, não importa o que as pessoas digam. Tá aí um defeito nosso, deixamos muita gente saber do que ninguém precisava. Em pouco tempo, uma atmosfera de lobos e leões havia sido criada ao nosso redor e logo planos cheios de aventura e emoção foram sendo traçados, alguns realizados com sucesso. Quantas fugas! Outros ficarão no pensamento, muito provavelmente pra sempre. 
     Lá em cima eu disse " Adeus ao amor" pois por uma escolha, e acho que se lembra quando eu disse várias vezes que o amor era uma escolha, por uma escolha, resolvi dar Adeus a ele. A Deus. Entreguei. Enterrei. Chorei. Me maltratei. Talvez até, me humilhei. Mas arrependida? Nenhum pouco.
Vivi momentos que ninguém nunca vai me dar, meus olhos brilharam como nunca, minha alma renasceu..e finalmente como mágica ou milagre a leoa que existe em mim encontrou novamente motivos pra rugir: te defender, defender seus sonhos, seus planos. E você nem precisava disso, afinal um lobo não abaixa a cabeça, mas também não anda com leões. 
  Não procurei motivos que tenham levado ao fim, nem culpei você, ou a mim. Apenas decidi, escolhi por vontade minha como você mesmo diz carregar só o que me cabe: a força que esse amor me deu, a coragem que ele me mostrou que eu ainda possuo, a vontade de viver novamente, não um outro amor. Mas a vida. O amor por mim. Por nós.
Não existe pedido de perdão quando o amor grita, não existe pedido de desculpas quando o amor ainda é o vínculo mais forte que se tem com alguém, por isso não pedirei desculpas por amar. 
        Mas a mim mesma peço perdão por insistir, por tentar que você enxergue o mundo como eu, por um momento esqueci que amor não é impor ao outro suas certezas, mas deixar que ele seja livre o suficiente para ser quem quiser. Ainda te amo, com mais força que aquele dia a noite que te disse com muito medo e ainda virei as costas. Mas amo o suficiente pra entender que não faço mais parte do seu caminho e que agora sua escolha por amor a você mesmo é amar outra pessoa. 
Só queria que soubesse que a noite antes de dormir o ritual permanece o mesmo, e a música que ecoa nos meus ouvidos também é a mesma: 

... Teus olhos, meu clarão, me guiam dentro da escuridão, teus pés me abrem o caminho, eu sigo e nunca me sinto só (...) 


Obrigada, eu tenho poder nas mãos de novo, e agora ninguém pode me tirar isso.

Amo você, meu lobo. 

Uma carta aberta ao meu 2021

Se tem algo que posso dizer sobre meu 2021 é :caramba 2021! Você me trouxe coisas e me tirou coisas que eu nunca poderia imaginar. No ano passado que também não foi muito agradável eu escrevi uma carta também, mas adivinha? Não sei onde ela foi parar. Então dessa vez digitalmente, ficará gravado aqui para que eu não me esquece das dores e belezas desse ano. 

   Primeiro você me tirou pessoas, pessoas que eu amava muito, pessoas que eu convivi pouco e me ensinaram muito. 2021 você saiu arrastando tudo com uma força surreal que não foi possível que eu conseguisse me manter de pé. Eu chorei muito. E eu sorri muito também. Sorri das belezas e coisas simples dessa vida. E chorei por todo horror que tive que viver e a impotência de ver pessoas partindo e nem sequer poder me despedir delas. 

    Depois você me trouxe esperança, por meio de pequenas luzes no meu caminho sorrisos tão inocentes, rostos tão brilhantes e felizes que ainda não sabem que o mundo é cruel. Estão protegidas, graças a Deus. (E as mães, que estão sendo tão fortes, e eu só posso morrer de orgulho). 

  2021, você me trouxe a depressão, as crises de ansiedade e pânico, as noites de choro e desespero, as infinitas horas de solidão, você veio me dizer na minha cara sem medo nenhum que eu sou muito pequena e que dessa vida eu não vou levar absolutamente nada. Você me trouxe o medo de perder os meus que eu nunca tive. Me trouxe um vazio terrível, que ninguém no mundo é capaz de entender. Me trouxe a incerteza de que eu sou capaz. Me trouxe o caos. 

Você me mostrou quem as pessoas são: egoístas. Você me ensinou que reciprocidade e lealdade são traços de poucas pessoas. E me mostrou que a lealdade apesar de linda pode ser uma prisão. Você brilhantemente, trouxe gente nova ao meu caminho, me apresentou novos horizontes e me ensinou a ver a beleza escondida no céu de novo. Você esfregou na minha cara que a minha intuição sempre teve razão, e que eu só podia confiar em mim mesma, por isso, obrigada. 

Você me fez querer ter asas novamente depois que cortaram as minhas, me fez querer rugir depois que calaram meu grito. Mas também me fez querer que tudo isso sumisse, e que eu fosse junto. Você me destruiu para que eu possa me reconstruir dessas vez com o alicerce correto. Ah 2021, você com certeza foi o pior ano da minha existência mínima nessa terra. Mas está terminando me mostrando que eu ainda posso ser quem sempre fui, mesmo que boa parte de mim esteja no passado. Você me ensinou onde estar, com quem estar e como estar. E talvez isso não seja tão ruim assim. 

Você também me deu um amor, e disso eu não posso reclamar. Sabe 2021, achei que nunca mais amaria de novo, mas você me trouxe um amor. Um amor único, incrível e muito forte, assustador pra falar bem a verdade. Mas me deu a graça de amar de novo, e isso eu também não vou ser capaz de esquecer. Você foi marcante, não por razões boas, sinto informar. Mas por ter sido impactante pra mim. Confesso que não criei expectativas para 2022, mas espero que pelo menos a saúde do mundo seja restaurada o resto a gente sempre se virou pra correr atrás. Então adeus 2021, você vai ficar na minha memória, mas não quero guardar coisas de você. Meu 2022 já foi entregue pra Deus, então espero de coração que quem puder, possa ter aprendido algo com você. 




domingo, 24 de outubro de 2021

E se todo amor do mundo coubesse numa tela?

 Era pra ser um poema derretido em final feliz. Era pra ser doce como suspiro na boca em festa de criança; E foi, enquanto podia, foi. 

       Um cantinho com sol, calma e silêncio era disso que eu precisava, e foi isso que eu tive por vários e incontáveis dias. Aquela casinha com gosto de lar, sem nenhuma interferência do mundo lá fora me mostrou o amor de novo, de um jeito único e sem nenhuma noção do que viria adiante. Já sentiu o perfume de lar? O meu tem cheirinho de madeira e grama molhada. Ás vezes de café. Piscina gelada. Fim de tarde e pôr do sol. O som da chuva pra fazer amor sem igual. 

         Eu queria que isso fosse um relato feliz sobre um lugar que me fez renascer. Mas acabou virando um desabafo sobre coisas que eu gostaria de ter vivido ainda mais. Só sei que um dia desses eu resolvi que queria traduzir todo meu amor de algum jeito. E adivinha? 

E se todo amor do mundo coubesse numa tela? E coube. Sobre nós ninguém nunca vai saber de tudo, mas as paredes dessa casa sabem. 



A artista responsável por eternizar essse momento foi a Rosi. No instagram você pode encontrar ela por @rosi.artee. Nunca vou conseguir expressar o tamanho da minha gratidão por realizar isso por mim. Obrigada. 




domingo, 4 de abril de 2021

Teu beijo com gosto de fim.

 Acredito quando dizem que atos desesperados e impensados tornam coisas pequenas em grandes cenas dignas de novela das nove. Eu disse entre suspiros e algumas cervejas que gostaria que você viesse e que fôssemos capazes de resolver tudo como dois adultos. 

    A verdade é que eu estava com medo do adeus, e só queria que você tivesse me dito coisas bonitas sobre nós. E não eram essas palavras que sairiam da sua boca. Em pouco tempo sua boca estava na minha, a minha respiração não me obedecia mais. Um beijo. E teu beijo tinha gosto de fim. Tinha gosto daqueles finais sem nexo de um filme de drama. Daqueles que a gente passa horas no catálogo escolhendo e no fim escolhe um qualquer que termina sem emoção e sem sentido. Teu beijo tinha esse gosto. 

     Você suspirou no meu ouvido sem nenhum pudor sobre o que faria a seguir, meu lado racional estava dissolvido nas cervejas que eu havia tomado. Minha mente, meu corpo, e cada milímetro da minha alma queria você. Queria seus olhos me fodendo antes mesmo do seu corpo entrar no meu. Queria seu cheiro, seu gosto e sua voz cheia de tesão me mandando ajoelhar. E era assim que eu queria estar. Entregue, ajoelhada e pronta pra você; 

O que aconteceu depois você sabe, eu sei. A gente colocou a mágoa pra correr na frente e quando vimos a raiva acendeu a luz daquele quarto. Você sem condições de dizer adeus, e eu sem expectativa nenhuma de continuar o que havíamos combinado desde o ínicio: vai ser só sexo e ponto final. Vírgulas, reticências e pontos de extrema exclamação aconteceram. Aconteceu meu corpo em cima do seu durante a madrugada, aconteceu meus gritos que com certeza chamaram a atenção dos vizinhos, aconteceram os tapas desesperados pra me lembrar que eu não tinha opções. Aconteceu você, aconteceu nós dois. 

    Cada vez que eu fechar os olhos essa noite eu vou lembrar do teu corpo em chamas me implorando prazer, vou lembrar dos seus gemidos deliciosos e altos no meu ouvido me pedindo mais. Teu pau me invadindo sem nenhum pudor e pressa. Tuas mãos tão frias e trêmulas com medo de tudo e coragem ao mesmo tempo. Você mergulhou em mim, um desconhecido furacão nas tuas mãos. Eu mergulhei em você, toda minha solidão deixada pra trás, e sua risada dizendo que tinha certeza do que estava fazendo. E tinha?

Você tinha certeza de quando me puxava os cabelos e me mandava chupar? Ou suas certezas iam embora quando me amarrava na janela e me mandava calar a boca que você estava só começando. Suas certezas desapareciam quando eu invadia seu pau com minha boca, quando eu te dava certeza que era ali sentando que eu queria estar. Quando depois de um longo dia cansativo era no seu colo que eu queria adormecer. Depois de muito foder, claro. O sol entrando na janela é testemunha de um casal que sabia se transformar quando as luzes apagavam. E era sempre igual, eu despencando na cama e você tirando a roupa sem pedir. Desligando a luz e me dizendo que hoje iríamos só dormir. Teu desejo estendido pra mim quando eu empino a bunda e te mando bater. Bate que é exatamente assim que eu gosto. 

     Eu ainda não sei como converter desejo em ódio, como transformar tesão em mágoa, como traduzir para minha boceta nessa noite que eu vou sonhar com você, mas não vou ter seu pau garganta abaixo me fazendo engasgar como você gosta. Eu ainda não sei encarar o fim. Como eu só sei resolver as coisas de um jeito você sabe onde vou terminar a noite, enroscada nos lençois com gosto de nós dois na boca, dedos na minha boceta e um grito de prazer engasgado que você nunca mais vai ouvir. 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Inicio do fim

 Ele se desarmou no meu colo. Eu fingi plenitude. Fui ao céu e ao inferno tantas vezes que já não sinto dor. Eu ouvi sua risada tantas vezes ecoando numa manhã sempre tão feliz, que acostumei com o percurso logo cedo. Não sentia mais medo e de repente sentia medo demais. Não esperava tudo tão avassalador. Num dia sexo intenso, no outro um adeus sem corpos. 

    Tanta intensidade resumida em poucas palavras numa conversa sem fundamento, sem meio e com fim. Um ponto final enorme e brilhante, mesmo sem dize adeus. Enquanto o dia corria meu pensamento foi direto pro jeito de me tocar sem me invadir, sabia que cada milimetro de mim ainda implora um beijo seu? Você no meio desse deserto e toda essa normalidade foi o meu mais belo acaso. O meu mais furtivo encontro. O meu desejo do fim do dia escorrendo pelos dedos. A minha vontade de entrelaçar e desaparecer em horas tão perfeitas. O seu cuidado além da cama me desenhando, me desvendando, me aceitando. A sua culpa por me fazer dormir tranquila depois de horas íncriveis de prazer. Tudo isso ecoando na minha mente, sendo processado pouco a pouco pra sumir numa gaveta qualquer, e um dia numa conversa de amigas eu simplesmente soltar um: é foi bom. 

    É estranho entender toda a erupção em mim indo embora. Todo o prazer do meu corpo se despedindo de mim e dando lugar a uma saudade dolorosa, quente e sem hora pra acabar. No final do dia eu queria ser sua escolha de novo, eu queria ser prioridade, importância. É. Eu queria. Eu escondi de mim que queria; Queria. 

    Antes de ir me desfazendo de nós, ir apagando nossos nós, eu tô com aquele sol de fim de tarde na cabeça, a sensação de calmaria depois do furacão durou tão pouco que meu único e terrível arrependimento foi não ter me entregado de vez nos últimos segundos naquele quarto. Se eu fechar os olhos agora eu sinto o cheiro da madeira forte. E consigo sentir o volume do seu pau saindo daquela cueca e apertando em mim. Bandida. Cretina. Cachorra. Em dois segundo ouvir isso me transforma na devassa que você gosta e eu vou simplesmente deixando o corpo agir, reagir. O meu acaso mais completo. O meu erro mais gostoso. A minha falta mais sincera. Vem cá sorrir comigo, me empresta teu colo para que eu me recomponha e entenda minhas dores. Vem cá me trazer seu abraço para minhas dores serem mais leves, menos cansativas. Vem cá cantar desafinado no meu ouvido e me fazer ver o quarto rodar. Vem cá segurar minha mão e aproveitar cada segundo comigo.

Aproveitamos. E fim. 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Hormônios.

Ele me chamou de safada e eu acendi. O corpo começou a reagir de mil e uma maneiras diferentes apenas com uma palavra e um emoji. Ele me tortura, e gosta disso. E pior ainda, gosta do resultado disso. Antes que você se pergunte como ele consegue fazer isso apenas com uma palavra eu já lhe respondo: minha imaginação é um terreno muito fértil. 
      Os homens tem fogo nas mãos e nem sabem. Toda mulher trabalha bem com a imaginação. Se você me faz imaginar, eu faço acontecer, é bem simples. Depois de tamanha tortura ele soltou um áudio quase choroso avisando que não poderia me ver, tinha trabalho acumulado depois de tantos dias parados. E eu? O que eu posso fazer, tenho um tesão absurdo nele. Somos adultos. Temos a tal da responsabilidade gritando aos ouvidos o tempo inteiro. 
      Me despedi e fui assumir as minhas responsabilidades; O calor dominava cada milimetro do meu corpo, e logo me concentrar em qualquer coisa estava muito difícil. Eu já sentia o corpo dar sinal desde cedo, precisava dar atenção em algum momento. Não seria má ideia parar tudo que eu esteva fazendo. Mesmo com a água gelada do lado, poucas roupas e o ventilador em cima de mim, nada aliviava meu calor. Nada mesmo. Ele me faria pegar fogo. Mas esse não era meu pensamento no momento. 
Fui ao banheiro destinada a tomar banho e me livrar de qualquer pensamento que pudesse atrapalhar meu trabalho. Eu estava cansada, mas ao mesmo tempo disposta a bater algumas metas do dia. Tirei toda a roupa, e fiz um coque alto no cabelo, ainda não era uma possibilidade fazer todo aquele ritual e lavar. Ele gosta do meu cabelo molhado. Outro pensamento me ocorreu tão rápido quanto esse. 
    Peguei o celular, um áudio: "posso te ligar"?. Não sei se estava com o celular na mão ou o whatsapp aberto no computador, mas a resposta veio em segundos: "de vídeo"? 
Ele adivinhou meus pensamentos. Só liguei. Ele atendeu daquele jeito dele de ficar em casa, naturalmente gostoso. Eu atendi nua. No banheiro. Ele suspirou e soltou uma gargalhada só dele. A luz baixa do computador em sua frente denunciava que estava realmente trabalhando, os cabelos um pouco molhados diziam que o banho era recente. Perguntei se ele podia me fazer companhia. O meio sorriso disse que sim. Pronto, eu só precisava disso. Apoiei o celular num ângulo privilegiado com um pouquinho de zoom, demorei um pouquinho para achar uma posição perfeita. Mas era assim, com visão de todo meu banheiro que ele iria ao menos tentar trabalhar. Liguei o chuveiro numa água morna quase fria, que pudesse ir aliviando meu calor e me relaxando ao mesmo tempo. Tirei os olhos da tela do celular e só deixei a água correr pelo meu corpo, era tentador ficar encarando aqueles olhos, mas eu só liguei pra ter companhia. Eu precisava daquele banho. Eu merecia aquele banho. Desliguei um pouco o chuveiro e logo comecei a passar um sabonete de cheiro enjoativo como ele gostava de dizer, no corpo inteiro. Pescoço, seios, barriga, e logo minhas mãos estavam na minha buceta. Ele riu. Eu ouvi. De costas passei a mão na bunda, as duas, na bunda que ele venera e ama ver de quatro. Ele riu. Minha buceta contraiu novamente, e lá estava eu excitada numa chamada de vídeo com um cara que não iria me foder naquela noite, mas certamente daria o jeito dele na próxima. 
         Virei de frente e deixei a água cair novamente, dessa vez soltei os cabelos, e virei de costas novamente e deixei cair, na minha bunda. Eu podia apostar que só de olhar meu cabelo pigando ele já estaria de pau duro. Mas ele estava impassível, dava uma digitada no computador com ar distraído para que eu não percebesse que a mão já estava no pau faz tempo. Me enxáguei inteira e desliguei o chuveiro. Peguei uma outra toalha que eu pudesse começar a secar o cabelo, estendi a outra sob o vaso sanitário e sentei. Ouvi um suspiro alto seguido de um " tá de brincadeira né?" 
     Eu disse que escolhi o ângulo perfeito não é? Me virei, lentamente. Abri as pernas e deixei que ele visse que por ali tudo estava sob controle. Depilada. Cheirosa. Molhada. E não era do banho. Ele suspirou, abafado, com raiva talvez, e disse de uma maneira que era impossivel não atender: "goza pra mim". Me tocar não é nada díficil, eu conheço meu corpo, eu sei do que eu gosto. Me exibir que era novidade. Assim, virtualmente falando então, não era algo comum. Comecei timida, um toque leve. A respiração aumetando e a febre no corpo tomando conta. Abri mais, era assim que ele gostava, mas também era assim que eu me achava. De repente dedos na boca, e dedos na buceta. Molhada, quente e escorrendo. meu clítoris inchado implorando atenção pegava fogo. Queria que a boca dele me invadisse naquele exato minuto. Queria que o pau dele invadisse minha boca naquele exato minuto. Ele arfava, pau duro, respiração ofegante. Barulho, imagens cortadas e passos rápidos e desajeitados. Logo ele estava no banheiro, celular posicionado para que eu visse que a minha brincadeira tinha causado efeitos. Eu podia olhar o sorriso, ouvir os gemidos e enxergar a parte proporcional do corpo que me interessava, não havia tempo para ângulo perfeito. 
        Perdi o contato visual, só ouvia os gemidos, fiquei presa nesse detalhe por um minuto longo, depois sorri e pensei: não vejo ele me olhando, mas sei que não tira os olhos daqui. A putaria aumentou, logo a toalha embaixo de mim estava enxarcada, meu corpo não me obedecia mais e eu queria gozar enlouqeucidamente. Ouvi entre gemidos abafados e quase sussurrados "brinca com ele vai..." Puta que pariu! Ele sabia me desconcertar inteira. Nunca havíamos feito anal na vida, mas ele adorava brincar com a ideia que eu pediria um dia, me fazia brincar com meu rabinho encarando os olhos dele em todo o sexo, e aquilo sempre me fazia gozar descontroladamente. Era exatamente assim que ele queria. 
    Dedos na minha bunda, totalmente lubrificada com minha buceta escorrendo, um primeiro, depois dois... incômodo, dor, tesão. Nessa sequência. Minha buceta latejava, ele escorria suor naquele corpo perfeito pra mim e eu só conseguia fechar meus olhos e sentir o êxtase chegar. Meu clítoris estava explodindo e quando toquei nele, junto com os dedos enterrados no meu rabo vi estrelas sem precisar me mover nenhum centímetro. Escorri, arfei, gritei, gemi, e molhei ainda mais. E Corei. Fiquei vermelha quando abri os olhos e ele estava concentrado vendo minhas feições. Não sabia o que dizer no meio de tanto gozo espalhado em mim. Tinha tirado o celular da direção que eu queria ver, mas logo mostrou e afirmou que também precisaria de outro banho. Eu de pelo menos meia hora pra me recuperar e tomar outro banho, dessa vez gelado. Não cabia mais tesão no meu corpo por hoje. Eu sorri ainda meio fora de mim: "a gente se vê amanhã"? 
Com certeza. E que certeza. Certeza que não temos o coração um do outro, mas temos a cama, que a essa altura do campeonato é muita coisa.