Nunca fui exibicionista. Nunca. Definitivamente, nunca. Mas hoje em especial eu estava disposta a ser. Aquele ser, razão de todos os meus pensamentos mais impuros diga-se de passagem, me provocava num nível fora do comum.
Não eram fotos, não eram palavras, nada. Apenas o fato da minha imaginação viajar quando começamos a cogitar possibilidades. É aí que mora o perigo. As incontáveis possibilidades. Eu olho pra ele e penso: e se ele achar que sou safada demais? Dois segundos depois eu penso: foda-se eu sou mesmo, ele que suporte.
Meu tesão em horário comercial sempre foi controlado, afinal eu trabalho, tenho coisas pra fazer, e um tempo mínimo de me deliciar com essas sensações. Mas quando chego em casa e a cabeça para eu já começo a pensar em quantas maneiras diferentes eu poderia estar gozando.
Sim, não faz muito sentido, mas eu adoro gozar sozinha, a sensação de poder sobre meu próprio corpo me encanta, e talvez o encante também.
Cheguei em casa sem muitas possibilidades, e cheia de fome. Com a fome, a preguiça. Fiquei imaginando a imensa burocracia de: me arrumar, comer, sair, dar, voltar e dormir sozinha.
Confesso que dormir sozinha não é um problema, eu amo me espalhar na cama, mas se tiver umas pernas pra eu me enroscar tá valendo também.
As mensagens que se seguiram depois foram rápidas e quase secas: tô saindo do trabalho, marca um dez que já já eu tô aí.
Marca um dez? Eu lá sou mulher de marcar um dez? Pelo visto eu era, mas no caso marquei quase uma hora até enfim ele chegar. Pro meu desespero e tesão ele queria me torturar conversando. Sim, eu amo conversar com ele, mas naquele exato minuto eu queria saber exatamente o que tinha debaixo de toda aquela roupa.
Cerveja vai, cerveja vem, eu fiquei bem feliz dele ter resolvido ficar na minha casa e pedir pizza. Eu era muito mais feliz descalça no meu tapete. Acredite ou não a trilha sonora era pagode, nada sexy, muito menos proposital, apenas um gosto em comum. Ou a cerveja começou a fazer efeito, ou o som começou a ficar baixo demais, ou meu tesão tava cansado de ficar escondido. Ou todas as alternativas estão corretas.
Ele sentado no sofá, com as mãos nas minhas pernas cogitando se levantar pra pegar outra cerveja, eu tranquila, leve por conta do álcool pensando se seria muito difícil me masturbar e continuar com a cerveja na mão. Sim, exatamente isso passando pela minha cabeça.
Fui me encaixando no sofá e afastando ele com meus pés, logo ele estava no canto do sofá com a minha cerveja na mão e me encarando, provavelmente minha cara de devassa começou a aparecer, porque ele sorria de canto. Eu não me policiei, eu estava no meu sofá, eu posso me tocar no meu sofá. Abrir minhas pernas no meu sofá. E foi o que fiz.
Abri as pernas com total visão de camarote pra ele, afastei a calcinha pro lado, e não pensei em mais nada a não ser me dar prazer.
Fui me tocando devagar, dedos na boca, dedos molhados, dedos na minha boceta. Nessa sequência. Tirei a calcinha, o calor estava me invadindo e eu já não sabia controlar meu desejo de gemer alto, ele permanecia me olhando e o volume na calça cada vez mais visível. Ele estava admirando o fato de ter uma mulher completamente aberta pra ele ver.
Molhada, cheia de extremo tesão eu parei um pouco e estava cada vez mais desconfortável me contorcer no sofá; Olhei nos olhos dele e ele prontamente entendeu meu recado, direto pro quarto, camisa no chão, barulho de zíper descendo, eu novamente deitada de pernas abertas na minha cama.
Minha deusa interior estava completamente maluca, molhada, e louca de vontade de gozar. Mas quando olhei nos olhos dele vi o tamanho do fogo que estava queimando ali. Ele estava com tesão de me ver ali, me tocando pra ele.
Sim, eu que nunca fui exibicionista, resolvi naquele minuto (mentira, já estava pensando nisso desde o primeiro bom dia) ser.
Dessa vez meu pudor foi embora, dedos molhados na boca, dedos pra dentro da minha boceta enxarcada, acariciando minha boceta como se fosse a ultima no mundo. Ele me olhava lascivo pronto pra me atacar, e meu corpo entrando em extâse de olhar seu pau duro pela cueca branquinha que eu já tinha visto em muitas fotos.
O corpo treme, esquenta e dá sinais que não vai aguentar, meu clítoris pegando fogo, e meu tesão tomando conta é sinal de estou perto, meus gemidos aumentam e as pernas antes abertas começam a se contrair num aperto gostoso demais pra evitar, tô quase lá. Estou perto demais, e de repente não sinto mais nada, só o esquentar e pulsar do corpo inteiro em um segundo.
Não vejo mais nada a não ser aqueles olhos em mim, em questão de segundos, ainda leve, gemendo baixo, e ofegando, ele me vira devagar na cama me deixando por baixo, de bunda empinada.
Meu corpo ainda se contorce enquanto ele entra em mim, ele entrou devagar, mais entrou fácil, acabei de gozar. Tô respondendo a minha deusa interior que provavelmente quer dormir, que eu preciso estar ativa, ela acorda, e eu sinto o corpo arder, o vai e vem dele, as mãos na minha bunda e os gemidos no meu ouvido, são exatamente o que eu precisava pra despertar naquela cama.
O tapa. Certeiro, na bunda, do jeito que eu gosto veio acompanhado de uma risada muito gostosa ao pé do ouvido, o gemido veio forte acompanhando os movimentos, me prendeu na cama, me acertou em cheio, me fez gemer de novo, alto e forte.
Sussurrou no meu ouvido: eu nem acabei e já quero começar de novo.
Ah, eu que nunca fui exibicionista, já quero ser de novo.
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