domingo, 18 de agosto de 2013

#24

A vontade de brincar o tempo todo, o viver sem medo, sem ter o que, ou porquê parar. Simplesmente ir em frente fazer o que a vontade mandasse. Correr, sorrir a toa, dançar (...)

Me lembro de tanta coisa que me vem até lágrimas nos olhos! A concepção do amor é o que guardo de mais forte. Eu amava tanta coisa! Ah, mas muita coisa mesmo!
Eu amava a boneca que eu dormia, amava o doce que comia na escola, amava mais ainda o doce que minha tia trazia pra mim aos finais de semana. Amava as sextas-feiras pois era quando eu podia brincar até tarde. Amava o parquinho de areia que eu tinha alergia, amava a minha primeira professora ( tanto que não me separei dela até hoje ). Amava um perfume rosa que ganhei aos 10 anos. Amava minha bicicleta rocha que meus pais deram pra um vizinho. Amava um sapato da Sheila Carvalho. Amava meu quarto sem pintura. Amava uma Barbie sem cabelos. E amava pessoas.
Pessoas que me magoaram, que me deixaram no chão, que mancharam a minha infância. Mas também, amei pessoas que com um simples sorriso marcaram para sempre a minha história. Pessoas que só vi uma vez, como um palhaço num circo, e uma bailarina no shopping. Amei! Amei tudo, amei qualquer coisa que fez parte de mim aos 3 anos de idade mas que aos 4 anos não me fazia mais diferença. Amei brinquedos, programas de televisão, a escola que estudei, e até a rua que eu andava, pois só andava pela mesma. Amei até a primeira surra que eu levei, e única até. Porque foi essa surra que me ensinou o respeito que tenho hoje! Amei cada puxão de orelha, cada grito em meu ouvido, e cada eu te amo sussurrado no meio da noite. Tem coisas que simplesmente fazem parte da nossa criação, e infância e são essas coisas que definem o que e como será sua vida adulta. 

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