quinta-feira, 14 de março de 2019

Fazia tempo que eu não o via. Eu já não lembrava muito bem qual a sensação de me perder naqueles braços, até que um convite inesperado e quase sem noção apareceu no meu instagram. Depois que essa rede social foi inventada, tudo se tornou permitido. Como é que dizem mesmo? É o novo tinder. Tenho certeza absoluta que ele só jogou o convite no ar e esperou que eu dissesse que sim ou que não. Não sei ao certo que resposta ele esperava que eu desse. Sim, eu visualizei na intenção de dizer não, mas meu corpo estava lutando com meu bom senso querendo dizer sim. Trabalhei durante o dia inteiro, e minha cabeça estava lá, naquele convite. Cheguei em casa já me libertando do sutiã que me massacrou o dia inteiro, e respondi: No bar de sempre? 
Apesar de ter jogado o celular longe, a resposta veio instantaneamente: Te espero ás 21h. E assim foi que eu abandonei o pingo de sanidade que me restava e fui tomar um banho, me perguntando qual o problema da minha cabeça em não pensar direito quando o assunto era aquele pau. 
Eu me arrumei pra ele, não consegui nem negar quando dei uma última olhada no retrovisor do carro. Por que outro motivo eu sairia de casa de vestido e salto alto pra ir pro boteco? Ele gostava de me ver andar de calcinha pelo apartamento só de salto alto. Eu revi a cena na minha cabeça, antes de sair e já avistar aquele ser de longe, sentado na mesa mais escondida do bar, com o copo de cerveja na mão. 
Caminhei até a mesa sem me importar com os olhares de outros homens, meu ego queria atrair o olhar de um único, e pelo visto tinha funcionado. Ele me olhou da cabeça aos pés e deu aquele sorriso que me matou por dentro. Eu fingi uma naturalidade que não é minha, enquanto sentava e ele já enchia meu copo. Neguei a cerveja. Precisava de algo mais. No meio da conversa eu já tinha bebido caipirinha, tequila, e nada parecia cessar o ardor que eu sentia no meio das pernas. Eu estava fervendo com o olhar daquele homem. Pedi catuaba. Ele sorriu e ainda disse: catuaba te acende, cuidado. Só precisei daquela frase pra virar vários copos. Eu não estava nem perto de estar bêbada, o tesão me mantinha sóbria. A enrolação estava me irritando e eu pedi a conta sem dar tempo de uma reação da parte dele. Ou ele me acompanhava ou ia ficar a ver navios. Eu já me levantava da mesa esperando que ele fosse esperto pra querer a primeira opção. Do lado de fora do bar o vento era gelado, e meu corpo permanecia quente, podia ser o álcool, ou podia ser a sensação dele caminhando logo atrás de mim. 
Quando parei perto do meu carro, já senti sua mão exatamente no meio das minhas pernas, puxando minha calcinha pro lado: molhada? 
Eu não consegui pensar em absolutamente nada pra dizer, coloquei a mão sobre o zíper da calça e senti o volume, apertei de leve e ele suspirou. Não tinha barulho melhor pra ele fazer do que esse.Ele puxou a chave do carro da minha mão, olhou pra mim respirando fundo e disse: sair daqui nesse momento se tornou uma ótima ideia. Entrei no carro a ponto de explodir, e ele só tinha me tocado por alguns segundos, dane-se. Rodamos o suficiente pra ele achar uma rua deserta e me mandar descer do carro. Minha cabeça pensava, com tanto motel por aí vai querer bancar o adolescente. Não deu tempo de completar o raciocínio. Ele me virou de costas, levantou meu vestido tão rápido e exibiu minha bela bunda numa calcinha de renda. Eu já disse que me vesti pra ele não é? 
Senti sua mão afastando a calcinha pro lado, a boca quente na minha buceta e minhas pernas se afastando sozinhas, esperando aquela língua me invadir. Eu gemia tão alto e esqueci completamente da onde estava, apertava meus seios e sussurrava o nome dele. Estava pingando e louca, completamente louca pra que ele me penetrasse de uma vez. Tudo. Logo. Me virou de frente já beijando minha boca, que gosto bom eu tenho, senti meu mel invadindo cada pedacinho da minha boca; Ofegante e com a boca nos meus seios, ele já puxava meu cabelo me fazendo ajoelhar, um misto de tesão e saudade me invadiu e eu só sabia olhar naqueles olhos lindos e pensar: que pau gostoso! Sim, eu sou o tipo de mulher que chupa, olha no olho, e ama na mesma intensidade. Naquele momento era só minha boca, e o pau dele. Dá pra acreditar que eu não queria aceitar esse convite? 
Enquanto eu engolia ele, ele gemia, e me olhava nos olhos. Aqueles olhos já me disseram tanta coisa no passado, hoje eles me diziam apenas que iriam me devorar num futuro bem próximo. É possível que enquanto eu chupava já estivesse imaginando a segunda, sem nem ter começado a primeira. Levantei, me virei, apoiei a perna no carro, empinei a bunda e sussurrei num gemido: me fode! Ele fez questão de dizer que não tinha ouvido. Esfregou o pau na minha buceta  e fez questão de reforçar o quanto eu estava molhada, eu repeti, mais alto dessa vez. Me fode! 
Ele riu. Aquela risada ecoou junto com um tapa, forte, que ardeu. E eu voltei a repetir, alto, forte, e sem nenhuma dúvida na voz: me fode, porra! Não terminei a frase, me invadiu, rápido e profundo. As mãos que puxavam meu cabelo, agarraram meu pescoço e me fizeram tremer com os dedos em minha boca. Eu não amava aquele homem, mas amava aquele pau, e sentia falta dele todos os dias, mesmo que eu negasse. Ele com certeza não me amava, mas amava minha bunda, e ficava repetindo isso em cada tapa estralado que me dava. A certeza de tesão se dava a cada vez que ele me enforcava de leve, e beijava minha boca, me mandava empinar, me fazia empinar. Quando colocou os dedos no meu clítoris  e foi me tocando de leve, eu fui ao céu. Ou ao inferno. Não sei dizer. Era tanto fogo, tanto calor, e tanta vontade de gritar que eu explodi. Um gozo maravilhoso me invadiu, e pra meu espanto ao invés de me cansar e querer adormecer, meu corpo pediu por mais. Eu tremia, gemia, gritava, arfava com os gemidos dele no meu pescoço. Me sai dele com a cara mais devassa que eu sabia fazer, me ajoelhei sem nem pensar onde meus joelhos estavam se firmando e disse: goza. Ele sorriu, sabia o que eu queria, e não exitou nem por uu segundo em me dar. De boca entreaberta, com a minha  mão no meio das pernas, ele gozou de uma vez só, gemendo meu nome, e me esporrando em todos os lugares que conseguiu. Eu não sabia o que havia me feito aceitar esse convite mais cedo, mas quando vi a cara de satisfação daquele homem me pegando no colo, me colocando no carro e me dizendo que ia me foder até o sol nascer, eu me lembrei o que tinha me levado até ali. 

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