sábado, 29 de abril de 2017

Uma puta.

E ela sempre ouviu desde criança o que era certo e errado pra uma menina. Não senta assim, não fala assim, isso não é coisa de mocinha!
O tempo passa e só vai aumentando a capacidade das pessoas em dividir as mulheres em grupos, por setores. A mulher pra casar/namorar e a mulher pra se divertir.
Você se torna adulta e ouve cada coisa! Dá uma vontade de rir e ao mesmo tempo chorar. Você não pode beber, usar roupa curta, dançar, falar palavrão, fazer gestos obscenos, porque aprendeu que isso não é coisa de mulher. E se você faz? Ah se você faz você já entrou na categoria das mulheres para se divertir. Pior do que ser julgada pelos homens é ser julgada por outras mulheres.
Nossa, você só pode ser maluca!
Já ouvi isso tantas vezes que perdi as contas. Não pode transar no primeiro encontro, se não ele pode te achar uma puta. Então que ache! Uma puta de uma mulher bem resolvida que assume seus desejos, que assume seus medos e erros. Uma puta de uma mulher feliz que não tem medo de viver e se embriagar com a vida. Já pensou se eu realmente não sou uma mulher pra casar? Se estou destinada ao inferno de não ser par? Ou será paraíso?
O grande problema da maioria das pessoas é enxergar um padrão exagerado para todas as coisas. Inclusive mulheres. Se você é uma mulher santa, pura e que gosta de reprimir cada desejo seu por medo do que os outros vão dizer: parabéns! Viva bem feliz com a condição que escolheu.

Agora se não tem medo de dar a cara a tapa, se bebe até amanhecer, se acha graça dos comentários ridículos que escuta, se dança até o chão, se não se esconde, se você assume exatamente quem você é: bem vinda ao time das mulheres para se divertir! Porque não existe nada no mundo mais poderoso que um sorriso. 

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