Como se escutasse minhas preces mais solitárias, acordei com uma mensagem um tanto sugestiva.
- Está me devendo.
Dever o que quer que fosse pra ele, era um tanto perigoso. Eu sabia que estava, sabia que o provocava, sabia que qualquer que fosse a minha resposta naquele momento, surtiria um efeito devastador nele. Um convite. Cinema. Comum e normal pra uma segunda feira a tarde.
- Deveria ir de vestido, é só uma sugestão.
Sugestão que acatei com maestria, apesar do frio que fazia naquela tarde, sim eu me vesti pra ele, não tinha outra razão se não essa. Puro deleite de alguém que me fazia delirar com tão pouco. As horas passaram, e o tempo parou exatamente na hora em que a sessão começou.
Ás 17h sob o barulho dos trailers na sala de cinema, meu corpo enrijecia somente como seu olhar na sala escura. Um abraço carinhoso, seguido de um beijo que falava por si só, foi o que atingiu cada canto do meu corpo, colado naquele vestido.
Os dedos agéis que percorreram as laterais do meu corpo, apenas passeavam como que para conhecer um território novo. Iam e vinham tão delicadamente que chegava a ser torturante. O vestido possuia nas laterais um detalhe que deixava o corpo a mostra, perfeito para que as maõs habilidosas pudessem me torturar lentamente.
Busca implacável se tornou desinteressante, quando comecei a escutar sussurros em meu ouvido, as batidas dos carros na tela se misturavam com beijos molhados em meu pescoço. Cada parte do meu corpo se arrepiava com o toque dos dedos macios e ternos. O vestido subiu, a mão esquerda então fez um caminho simples e previsivel, encontrou entre minhas pernas um lugar pra repousar e acariciar enquanto o filme corria bem ali na minha frente.
Dois segundos depois já não interessava se tinha gente em volta, se haviam crianças na plateia, ou se qualquer pessoa ia ver o que estava acontecendo, eu só queria me esparramar naquela poltrona e curtir aquelas mãos em mim. Em meio minuto estava molhada, e ofegante. Literalmente pingando de tesão, e que tesão. Quanto tesão! Cada segundo que passava só fazia com que o tesão escorresse entre seus dedos. O ar condicionado frio do cinema, esquentou em questão de segundos, e nada me impediria de ter prazer naquele momento, nem qualquer olhar que pudesse pousar sobre mim.
Parou de me tocar. Meu corpo pediu por mais, quase implorou. Sussurrou em meu ouvido: - Se toca pra mim. Ah! Se meu suspiro fundo não foi uma resposta, então não sei o que mais no mundo seria. Me toquei com tamanha vontade, que poderia ser presa naquele exato momento e ainda sim valeria a pena. Suas mãos me faziam um carinho sincero e despreocupado. Sua respiração era profunda e calma em meu ouvido, meu corpo era só fogo, queimava, pedia, ansiava por explodir. Quando não controlei mais meus gemidos, quando o calor transpassou meu corpo e fluiu naturalmente, sua boca encontrou a minha, sua língua percorreu meu céu, seu prazer falou com o meu sem falar nenhuma palavra, e abafou o que seria um misto de prazer e satisfação que escorria em minhas pernas. Sim, abafou meus gemidos de um gozo intenso com um beijo, e que beijo! Beijo com desejo, com carinho, com afeto e com tesão, tesão que foi acendido bem antes daquele encontro furtivo. Tesão que estava guardado a sete chaves. Tesão que comprimia cada músculo do meu corpo. Respirei, como se soubesse que minutos atrás não o fazia. Relaxei. Deitei em seu ombro, ouvi sua respiração leve, senti seu carinho calmo, ouvi sua voz arrastada enquanto observava a tela do cinema:
- Quer que eu te conte o que perdeu?
Mal sabia ele, que eu é quem tinha ganhado.
Parou de me tocar. Meu corpo pediu por mais, quase implorou. Sussurrou em meu ouvido: - Se toca pra mim. Ah! Se meu suspiro fundo não foi uma resposta, então não sei o que mais no mundo seria. Me toquei com tamanha vontade, que poderia ser presa naquele exato momento e ainda sim valeria a pena. Suas mãos me faziam um carinho sincero e despreocupado. Sua respiração era profunda e calma em meu ouvido, meu corpo era só fogo, queimava, pedia, ansiava por explodir. Quando não controlei mais meus gemidos, quando o calor transpassou meu corpo e fluiu naturalmente, sua boca encontrou a minha, sua língua percorreu meu céu, seu prazer falou com o meu sem falar nenhuma palavra, e abafou o que seria um misto de prazer e satisfação que escorria em minhas pernas. Sim, abafou meus gemidos de um gozo intenso com um beijo, e que beijo! Beijo com desejo, com carinho, com afeto e com tesão, tesão que foi acendido bem antes daquele encontro furtivo. Tesão que estava guardado a sete chaves. Tesão que comprimia cada músculo do meu corpo. Respirei, como se soubesse que minutos atrás não o fazia. Relaxei. Deitei em seu ombro, ouvi sua respiração leve, senti seu carinho calmo, ouvi sua voz arrastada enquanto observava a tela do cinema:
- Quer que eu te conte o que perdeu?
Mal sabia ele, que eu é quem tinha ganhado.
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