sábado, 22 de novembro de 2014

Eu finalmente entendi o significado de calma. As pessoas vivem me dizendo, fique calma, acalme-se isso vai passar, mas ora tenha calma! E normalmente eu me irrito bastante com isso. Eu finalmente fiquei calma, e sabe o que mudou em mim? Absolutamente nada. 
Isso mesmo, nada. Eu continuo me estressando com o barulho do ônibus, continuo viciada em séries e ansiosa demais pelo próximo episódio que mal durmo. Continuo levantando no meio da noite pra comer, continuo chorando a toa quando lembro de você. Quando as pessoas me pediam calma elas só esqueceram de me dizer, que essa calma teria de vir de fora pra dentro e não o contrário. Não era eu que precisava ficar calma, eram as coisas ao meu redor que precisavam se acalmar. E finalmente acalmaram. 
Não sinto paz alguma, não sinto dor alguma, não sinto medo algum, essa calma simplesmente chegou e ficou. Não veio trazendo nada junto. E como sei que estou calma então? É simples. Hoje eu paro pra pensar em cada detalhe do meu dia com gratidão, agradeço por cada coisa que fiz, cada pessoa que vi, cada amigo que conversei, cada gargalhada da minha afilhada e sobrinha. Cada sorriso que minha mãe dá durante o dia, e cada erro nas provas da faculdade. A noite chega e penso mil coisas, mas me lembro que tenho outras mil para agradecer. Ser grata! 
A verdadeira calma chegou quando parei de me preocupar com o que viria a seguir, com que passo daria, que lágrima derramaria, ou que palavra iria me ferir. Passei a ter calma, quando deixei de querer controlar passos que não são meus, vida que não é minha, sonhos que não fazem parte dos meus. Depois de aprender, todo dia um pouquinho, chegou em mim também felicidade, não aquela felicidade que procuramos a vida inteira em algum lugar, mas felicidade todo dia, pelas pequenas coisas. Ninguém me avisou que quando a calma chegasse seria tão bom, só me falaram que quando as coisas se acalmassem iria passar. Sabe o que é ? Não passou. Mas me acalmei, e agora sei como ambas as coisas me fazem bem. 

sábado, 8 de novembro de 2014



Para: Um certo alguém perdido na caixa de e-mails 

Hoje queria falar com você. Era uma vontade terrível. Não passou durante todo o dia, queria simplesmente te dizer coisas que acho que você precisa saber. Coisas naturais que qualquer amiga falaria, mas que vindo de mim, talvez você não escute. 
É só um conselho, certo?
Não procura meu sorriso no dela não, você realmente não vai achar. E outra coisa, não vai achando que ela vai topar ver um filme em russo sábado a noite por pura diversão, porque querido ela não vai. 
Um outro detalhe que andei pensando, achar alguém tão diferente de mim, só mostra o quanto eu faço efeito na sua vida, e olha não foi bem isso que combinamos. Fico imaginando bobagens sabia? Tipo.. sei todas as suas manias, conheço cada uma delas, e não vou mentir adoro todas elas, mas cá entre nós, pode ser assim, que talvez outra não adore. 
Não falei? é só um conselho. Coisa de amiga mesmo. Não imagine que vai poder ligar de madrugada e ter uma conversa de adulto, tipo falar sobre política do Brasil à exatas 1h da manhã vai ser um programa divertido com outra mulher, porque garanto algumas não vão abrir mão de tanto sono assim. Ah... e só pra concluir, ver o sol nascer ás 5h45min da manhã, olhando pela janela, e fazendo promessas, essa sensação você nunca mais vai ter. Só um toque de amiga tá certo? 
Agora deixa eu ir ali, que minhas ocupações me impedem de cometer os mesmos erros.
Beijos!

Att. Alguém