E eles não tinham nada pra se lembrar um do outro. Nenhum beijo, data marcante, toque, primeira vez nada. Se contassem pra alguém ninguém acreditaria, porque realmente era parecido com algum filme ou livro romântico clichê por aí. Mas de romântico no fim não tinha muita coisa, não ficaram juntos, não se viam, e muitas vezes mal se falavam. Mas tinha algo, qualquer coisa sobrenatural, em que o universo conspirava. Mentira sem tanto exagero assim, mas existia algo, tão forte capaz de resistir ao tempo, e que ficou bonito por tantos anos. Sim eles não podiam lembrar um do outro por coisas que não aconteceram, mas lembravam um do outro simplesmente por pensar que podiam ter acontecido. Tinham sobretudo algo muito marcante entre os dois: um sentimento que ainda os fazia sentir borboletas no estômago. Contariam pros filhos, talvez juntos ou separados, que tiveram um amor que resistiu ao tempo, que não tinha dor nem magoa, nem adeus e muito menos sofrimento. Era fortalecido de sorrisos constantes, apelidos e até uma trilha sonora animadíssima, que os levou pra frente quando nada parecia fazer sentido. Por enquanto ainda não tem nada pra se lembrar um do outro, a não ser o sentimento puro que os move, não são de mais ninguém são um do outro e isso basta pra que eles possam sorrir a toa sem motivo por aí.
O melhor de todos! \ô/
ResponderExcluirEles ainda não têm nada pra se lembrar um do outro, talvez nunca tenham, mas o universo continua conspirando, ao menos em uma das partes...
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