quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Tempestade.
No meio da chuva forte e constante floresceu. Apareceu. Feito girassol procurando luz. Foi se achando. Se amando. Se conhecendo, se aceitando. 
De todos os erros infinitos que cometeu, o maior deles foi ser do bem. Foi se doar. No meio de tanta gente sem fundamento nessa vida, ela escolheu brilhar. 
Não é sobre ser holofote, é sobre ser luz! 
É sobre aparecer na hora exata do terremoto e ser calma. É sobre caminhar no chão de terra batida e sentir a terra, sentir. Apenas sentir. E de tanto sentir, explodir. 
É tanto sentimento, tanto caos por dentro que transborda. É uma confusão solitária. É mudança constante, confusa, árdua e necessária. 
Depois da tempestade, vem o sol. Cheio de luz, cheio de cor. Cheio de brilho intenso e calor. Calor esse que fez desaparecer o medo de viver, de enfrentar, de acender. 
A menina delicada que dançava com o medo, se tornou uma mulher forte que calou o medo, colocou no bolso, atirou pra fora. 
Ela disse não para o que não servia mais, ela deixou pra trás tudo que tirava o brilho dos olhos e o sorriso dos lábios. Ela se perdeu tentando ser de alguém.
Ela se achou de novo. Agora  ela é tão dela, mais tão dela, que não ousa perder seu tempo e sua fé, tentando ser de ninguém.